Meus amigos, infelizmente, hoje em dia parece que não podemos mais criticar ou comentar sobre um jogo, seja ele bom ou ruim, sem que alguém se ofenda. Algumas pessoas estão seguindo esse caminho e nos perguntamos: afinal, podemos ou não criticar?
Recentemente, o canal Voxel publicou um vídeo polêmico, assinado pelo editor Derek Keller, e a repercussão foi majoritariamente negativa. E, sinceramente, não é surpresa. As críticas que ele fez acabaram atingindo diretamente o próprio público do canal. É claro que as pessoas iriam reagir! E é sobre isso que vamos falar neste vídeo.
Para começar, acho um absurdo a forma como ele abordou a crítica. Ele atacou o próprio público de uma maneira desnecessária. “Eu nunca vi uma geração de jogadores tão sensíveis e intolerantes à crítica como essa. E olha que já passei por seis gerações de consoles!“
No vídeo, ele chama os jogadores de “gado“, “chorões“, “babacas” e outros adjetivos depreciativos. Isso faz sentido? Vale a pena seguir um canal que não respeita seus inscritos e ainda desmerece suas opiniões?
Ele argumenta que os jogadores de hoje reclamam demais e citou exemplos como Dragon Age: Veilguard e Concord, insinuando que as críticas são infundadas. Mas, pera lá! Desde quando só quem joga o jogo inteiro tem direito de criticar? Se assistimos a um gameplay, um trailer ou testamos uma demo, temos, sim, o direito de opinar. Se não fosse para isso, as empresas nem disponibilizariam esses materiais.
Ele também mencionou o preço dos jogos no passado, comparando com os valores atuais, mas sem levar em conta a realidade econômica e a acessibilidade. Na época do PS1, muitos jogos eram comprados piratas porque os originais eram inacessíveis para a maioria. Hoje, temos plataformas como Steam, Game Pass e EA Play que facilitam o acesso a jogos. Então, o argumento dele simplesmente não se sustenta.
Sobre o caso de Assassin’s Creed Shadows, a crítica não foi sobre a jogabilidade ou ambientação, mas sim sobre a representatividade e o respeito à cultura japonesa. A Ubisoft sempre buscou retratar figuras históricas autênticas em seus jogos, mas, dessa vez, fez escolhas que vão contra a própria proposta da série. Os japoneses têm todo o direito de se sentir desrespeitados, assim como nós nos sentiríamos se um jogo sobre futebol brasileiro colocasse Maradona como o maior jogador da história, ignorando Pelé.
Outro ponto que me incomodou foi a defesa da agenda que algumas empresas tentam impor nos jogos, focando mais em ideologias do que na diversão. Isso tem levado a demissões e fechamentos de estúdios porque o público simplesmente não aceita esse tipo de abordagem forçada.
E o que me deixa mais irritado nisso tudo é o fato de que, enquanto ele ataca o público, ainda pede apoio para o canal. Como assim? Ele desrespeita os próprios seguidores e depois quer que eles o ajudem? Além disso, ignora completamente a realidade financeira da maioria dos jogadores, que precisam ser seletivos ao comprar um jogo de R$350 a R$400. Nem todo mundo pode gastar esse valor com frequência.
Resumindo, essa tentativa de invalidar críticas e desmerecer o público não faz sentido. As pessoas têm o direito de reclamar e expressar suas opiniões. E eu, como criador de conteúdo, defendo essa liberdade. Então, se você concorda ou discorda, deixe sua opinião nos comentários. O espaço está aberto para o debate!