Yasuke NÃO É MAIS um SAMURAI segundo a Ubsoft – Será que aprenderam a lição?

Precisamos entender como essa “novela” está à beira do colapso devido a tantos fracassos, especialmente considerando datas e informações que contradizem tudo o que foi feito até agora. A Ubisoft tem se tornado o alvo de críticas de toda a comunidade gamer, especialmente dos fãs de Assassin’s Creed Shadow. O motivo, acredito, você já deve imaginar.

Quando a Ubisoft anunciou que um novo Assassin’s Creed seria lançado e que o país escolhido seria o Japão, muitos fãs, que aguardavam esse cenário há muito tempo, ficaram extremamente animados com a novidade. O problema é que ninguém esperava o que estava por vir: o protagonista não seria japonês. Você consegue imaginar a situação delicada em que a empresa se colocou?

Logo depois do anúncio, a mídia e muitos canais no YouTube começaram a debater o assunto. Alguns criadores de conteúdo defenderam a escolha, argumentando que seria incrível ter um personagem negro e histórico como protagonista. Ao mesmo tempo, acusaram os críticos (chamados pejorativamente de “nerdolas”) de estarem insatisfeitos simplesmente por causa da cor da pele do personagem.

É evidente que essa narrativa não era verdadeira. A maioria das críticas, inclusive as feitas pelos chamados “nerdolas”, focava no contexto histórico. Muitos apontaram que não fazia sentido que Yasuke, um personagem histórico real, fosse representado como um lendário samurai no jogo, já que sua história real não se encaixa na narrativa apresentada. Ainda assim, sites como IGN, Omelete e TecMundo apoiaram a decisão, enquanto outras vozes contrárias sumiram quando a polêmica ganhou força.

Essa situação não passou despercebida pelo povo japonês. Afinal, eles conhecem sua própria cultura melhor do que ninguém. Estima-se que cerca de 90% dos japoneses não aceitaram essa representação, enquanto os outros 10% podem não se importar com videogames. A Ubisoft deveria ter previsto que mexer com a história cultural de um país seria como cutucar uma colmeia de abelhas furiosas.

O resultado não poderia ser diferente: desde então, a Ubisoft enfrentou uma enxurrada de críticas negativas, não apenas da comunidade gamer, mas também de youtubers e sites que tentaram defender a empresa. A Ubisoft teve que se desculpar repetidas vezes com o público japonês pelas escolhas controversas. Entre os exemplos mais criticados estão elementos como a espada do personagem, que remetia ao Zoro de One Piece, e o uso de monumentos tradicionais, como os portões Torii, de forma descontextualizada.

O Santuário de Sanno

As consequências disso são evidentes no cenário atual: as ações da Ubisoft despencaram, sua reputação está em ruínas, e sua publicidade caiu completamente no descrédito. Mesmo diante desses erros, a empresa insistiu em sustentar que Yasuke foi um “samurai lendário”. Historiadores conceituados confirmaram que Yasuke esteve presente no Japão, mas nunca houve qualquer evidência ou documento que comprovasse que ele fosse um samurai, muito menos um lendário. O canal do Tiago Braga, referência nessa questão, explica com autoridade os fatos históricos e desconstrói essa narrativa.

Recentemente, a Ubisoft cometeu outro erro grave ao adiar novamente o lançamento do jogo e escolher uma data extremamente infeliz para o lançamento — a mesma data de um ataque terrorista que é malvista pelo povo japonês. Agora, a empresa recuou e deixou de usar o título de “Samurai Lendário” para Yasuke, passando a descrevê-lo apenas como “um guerreiro forte”.

A realidade é que a Ubisoft começa a perceber a dimensão do erro que cometeu. Na verdade, ela já sabia das possíveis repercussões desde o início: os fãs reclamaram muito antes do lançamento, e a enorme quantidade de “dislikes” nos vídeos promocionais evidenciava a desaprovação do público. Ainda assim, a empresa ignorou os sinais, insistindo em priorizar uma agenda política e escolhas baseadas em lacração, em vez de respeitar a história e os anseios dos fãs. Agora, está colhendo os frutos — frutos podres, resultado direto de suas más escolhas.

Menkay

Estudou na instituição Leonardo Da Vince, cursou Tecnólogo de Segurança do trabalho, fez Design no CETEB, Amante de literatura e Criador do canal do Menkay, sua paixão é produzi conteúdo para youtube de games.

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