Segundo Yosuke Matsuda, o estúdio precisa manter sua identidade para sobreviver.
Embora a Square Enix seja uma empresa global, e uma marca como Final Fantasy seja reconhecida por gamers de diversos países, a empresa acredita que não faz sentido deixar a Oriental Studios direcionar sua produção para agradar a todos. Segundo o presidente da empresa, Yosuke Matsuda, é um erro os criadores japoneses tentarem imitar a forma como as empresas ocidentais trabalham.
Em entrevista ao Yahoo Japan, Matsuda admitiu que no mercado de jogos de hoje, se você faz algo que não afeta os EUA ou a China, “você está quebrado”. No entanto, ele disse que era importante para os estúdios japoneses manterem sua identidade mesmo com o mercado doméstico japonês encolhendo.
“Se desenvolvedores japoneses tentam imitar jogos ocidentais, eles não conseguem fazer produtos bons. O design dos monstros, os efeitos visuais e de áudio, ainda são de certa forma japoneses. E os jogadores ao redor do mundo sabem que é isso que faz os jogos japoneses serem bons”, explicou o executivo.
Há uma divisão clara entre os estúdios da Square Enix
As palavras de Matsuda parecem refletir a própria experiência da Square Enix, que passou por um período de tentativa de redefinir sua identidade na era PlayStation 3|Xbox 360. Hoje, a empresa tem uma clara distinção entre estúdios japoneses e ocidentais responsáveis por desenvolver diferentes tipos de experiências.
Atualmente, a empresa conta com desenvolvedores como Crystal Dynamics, Eidos Montréal e Deck Nine. Ela também possuía anteriormente as franquias IO Interactive e Hitman, mas em 2017 deixou o estúdio separar e manter a propriedade intelectual da série.
Ainda na mesma entrevista, Matsuda enfatizou que, embora apostar no mercado global seja importante, “não basta crescer no exterior” para ter sucesso nele. O executivo também disse que a Square Enix está planejando trazer NFTs e blockchain para seus jogos como forma de mudar a forma como os jogadores criam conteúdo.